O tempo não tarda
“Estamos existindo entre mistérios e silêncios
Evoluindo a cada lua, a cada sol
Se era certo ou se errei
Se sou súdito ou se sou rei
Somente atento à voz do tempo, saberei” composição de Dani Black
Lúcia Helena Galvão disse que “O tempo para
os gregos não era simplesmente o tempo
do relógio como nós mensuramos. O tempo para eles era medido pelo deslocamento em direção
ao ideal humano.” Comungo com esse pensamento. A minha linha do tempo traça o tanto que avancei e avalia o quanto ainda preciso caminhar na estrada do autodesenvolvimento.
O tempo de qualidade é o que mensura o tempo real que vivi. Sob esse aspecto, percebo o tanto que o desperdicei com picuinhas, coisas pequenas, insignificantes. Também usei mal
o tempo ao me paralisar na mágoa
e ressentimento, na recusa em aceitar a vida como ela é.
Em mim há um contraste entre o meu rendimento
no tempo do relógio e o tempo interno. Enquanto sempre fui ágio no fazer externo, a resistência torna lenta minha trajetória evolutiva.
Ainda assim, quando olho para trás e comparo quem eu era na juventude e quem sou agora,
me surpreendo com o tanto que já andei.
O importante é sempre estar atenta
ao meu deslocamento no tempo, de acordo com meu ritmo interno, e assim gerar tempo real de tal maneira que eu sinta a mudança se processando, ainda que lenta, me dando mais consistência, mais maturidade.
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