Cura
Ao longo de minha vida, já desenvolvi algumas doenças psicossomáticas que achava que tinha curado, mas algum tempo depois os sintomas voltaram, ainda que de outra forma ou em outro órgão.
Tenho visto nas mídias sociais alguns especialistas com discursos que prometem cura, mas tenho sérias dúvidas.
Até mesmo doenças físicas, quando se tornam crônicas, podem apresentar sintomas ao longo de toda a vida.
Diante dessa constatação, não penso na cura, e tento ter uma vida saudável e manter os sintomas controlados.
Quando se trata de distúrbios mentais, os psiquiatras evitam usar a palavra cura, e no seu lugar usam os termos “doença em remissão”, ou “paciente em recuperação”.
Na minha opinião, a cura não é a eliminação da doença, é um processo que envolve cuidados para evitar ou mitigar novos surtos.
Esse entendimento está em consonância com o conceito de saúde pela Organização Mundial de Saúde: “saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença ou enfermidade.”
Manter-se vigilante e atenta ao menor sintoma físico ou mental
é uma das medidas para preservar a saúde segundo a OMS.
Agindo assim, não me frustrarei ao tentar curar o incurável, e sim direcionar
o esforço para mitigar ou reverter
seus efeitos, além de aprender a conviver com eles da melhor forma possível.
Comentários
Postar um comentário