Submissão
Submissão
“Nós submetemos nossos filhos e treinamos eles para a vida, achando que isso é educação.” José Newton de Freitas
Em geral, criamos os filhos com permissividade ou com repressão.
A submissão é o adestramento para obedecer a ordens, em geral de um superior, alijando-lhe o direito de tomar decisões livres ou de se expressar
da forma que bem entender.
Não estou falando de educar e dar limites, que é um ato de amor, falo de opressão pela força, ameaça ou castigo.
Alguns pais agem assim, porque assim foram criados, imbuídos das melhores
das intenções.
Quem foi criado pela sujeição não aprendeu a ter autonomia, escolhe seguir o comando e orientações alheias, não assume responsabilidade por sua vida.
A criança submetida aos pais aprendeu
a manipular para obter o que quer
pela vitimização, já que o confronto com ele é impensável, o que leva à culpa quem o submete.
Quando se torna adulta, a submissão passa a ser um mecanismo de defesa.
A pessoa se submete supondo que assim será amado. Acredita que a submissão tem seus ganhos.
No entanto, a insatisfação por conta
da obediência cega pode ficar tão intensa que o submisso se rebela, usando
de agressividade, que é outro mecanismo de defesa. Alguns não conseguem sustentar o passo porque não suporta a desaprovação, ou porque não quer pagar o preço de fazer escolhas, e assim volta à submissão.
Para a maioria das pessoas, sair desse ciclo vicioso é difícil. Requer iniciar
o processo de descondicionamento
e assumir as rédeas de sua vida.
É difícil, mas não impossível.
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