Amor e paixão


 

Sempre achei que paixão é ilusão,  dava destaque aos pontos negativos dela. Hoje ouvi uma live que me fez vê-la sobre outro prisma.

 

Acho que o que determina se a paixão vai seguir ou não para o amor é o nível de tolerância que o apaixonado ou apaixonada pode ter quando passar a enxergar o par como ele é, ou o que ele permite que se veja. Ouvi alguém dizer que amar é a capacidade de suportar que o outro seja diferente do que se espera dele. 

 

A paixão é uma forma de amor que quebra as barreiras entre as pessoas, pelo magnetismo que as atrai uma para outra. No estado de paixão, os amantes se misturam e se confundem, não há fronteiras entre eles. Essa mistura fortalece o vínculo afetivo, e atende por um tempo. 

 

Ainda que o amor seja uma projeção de mim, não há como negar que só projeto o que o outro tem de similar comigo. 

É, então, uma forma de autorrevelação cruzada. 

 

Durante a paixão, só se vê no outro o que ele tem de melhor, enquanto no amor projeto nele meus defeitos. Na paixão nos vemos pela lente do outro, e isso fortalece a autoestima. 

 

Quando a intensidade da paixão arrefece, e não queremos ver a humanidade do par, projetamos nele o modelo que idealizamos de qualidades quem nem nós mesmos temos, inviabilizando uma convivência sadia. 

 

Se arriscarmos ver o companheiro como ele é, e aceitarmos sua humanidade, o amor poderá florescer. 

 

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