Amor e fidelidade

  

“Quando você amadurece no amor, você não pode mais cobrar: Ah, você dá mais atenção para seus amigos, você tá mais focado no trabalho, é uma briga constante”. Marcela Ceribelli

 

Para pôr em prática essa ideia é preciso amadurecimento, porque a parte infantil nossa quer exclusividade e lugar de destaque na vida do outro. Ademais, num relacionamento sadio, há de haver equilíbrio para que ele não se esvazie. 

 

Acredito em na fidelidade conjugal, porque foi isso que me ensinaram, e transgredir essas promessas de amor pode ser alvo de execração pública. 

 

A insegurança e o medo de perder o amor do outro exacerbam a rigidez moralista e incita a possessividade. 

 

Viviane Mose diz que “a gente acredita demais em acordos que nós fazemos com os outros e com nós mesmos, e nós somos falhos... quebrar acordos com os outros e com nós mesmos faz parte da nossa falha humana... precisamos tratar da infidelidade com um pouco mais de delicadeza, sem moralismo”

 

O que não se diz é que essa crença foi construída para proteção patrimonial, para não haver filhos fora do casamento e não porque deve ser moralmente censurado. 

 

Ademais, a forma como lidamos com o tempo também é prejudicial, vivemos em função de um passado doído e do medo de que possa se repetir, e assim não aproveitamos o que o presente nos oferece.  

 

Mas o que fazer com tais crenças moralistas que estão enraizadas em mim e no inconsciente coletivo? 

 

Acredito que o relacionamento afetivo, para ser sadio, precisa focar numa vida compartilhada, numa construção juntos, e isso só acontece se houver dedicação, inclusive de tempo, compromisso e respeito, aí incluído não fazer o que sabe que o outro não gosta, aquilo que para o outro causa sofrimento, independente de ser ou não moralmente reprovável. 

 

Um relacionamento sadio é feito entre duas pessoas falhas, impregnadas de crenças distorcidas e que já passou por experiências ruins. Por isso, precisa ser maleável e permeado de compaixão com o outro e consigo mesmo. 

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