A arte de ler

  

“A arte de amar é uma arte da escuta, mas também da leitura” Christian Dunkan 

 

Por eu usar de cautela ao me aproximar de alguém, aprendi a observar o que não está sendo dito. Vejo a expressão do olhar, a entonação da voz, as hesitações, se ele é capaz de fixar o olhar ou se esquiva. 

 

Tento ler o que está nas entrelinhas, 

nas pausas, no ritmo da fala, nos atos falhos. Eu fazia isso para me proteger, não pensei que essa atitude também tivesse como motivação o amor.

 

Faz sentido, por mais que eu conheça alguém, ele sempre pode me surpreender se eu não estiver atenta aos sinais que ele está dando, em especial quando está numa reação emocional, muitas vezes desencadeadas pelo medo e insegurança. 

 

Quanto mais eu tiver desenvolvido a capacidade de ler as imagens fragmentadas, às vezes complexas do outro, mais me tornarei íntimo dele, mais poderei compreendê-lo e ter por ele compaixão. 

 

Portanto, a esculta não pode se dissociar da leitura de como está sendo dito, para decifrar a mensagem oculta. Ainda que 

eu não seja capaz de fazer essa leitura ou de entendê-lo, o simples ato de estar atenta a ele me aproximará dele,  transmitirei amor e compaixão. 

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