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Mostrando postagens de março, 2024

Entusiasmo versus euforia

    Costumava ser tomada pela euforia quando buscava pequenos prazeres, quando me imaginava tendo êxito  em algo que não estava a meu alcance, quando me faltava senso de realidade  ao almejar algo, quando perseguia conquistas efêmeras. Houve ocasiões  em que eu me empolguei por algo que era viável, mas  não sustentei por conta da insegurança, por medo de fracassar,  ou porque exigia de mim um esforço que não estava disposta a fazer.    A euforia é fogo de palha que não  se sustenta ao se pôr à prova, ao ser confrontada com a realidade. É uma alegria exagerada oriunda da ilusão.    À medida que fui amadurecendo, passei  a controlar o impulso inconsequente,  a ponderar minha vontade, a avaliar  minhas chances de êxito e capacidade  de realização. À medida em que fui  me alinhando com iniciativas realistas  que davam sentido à minha vida,   o entusiasmo surgiu de forma espontânea. ...

Entre comum, normal e natural

  De repente, olho para minhas mãos  e me pergunto quando foi que a velhice se instalou em mim. Envelhecer é comum a todos, é um processo natural, mas  a ninguém parece normal, ninguém  se acostuma com o desgaste do corpo, até porque não acontece o mesmo com  a mente e com o sistema emocional.    Recentemente li um artigo que diz que é aos setenta anos que a mente atinge  seu ápice. Na contramão  do envelhecimento físico, me sinto cada dia mais jovem, com gana de viver, com sonhos e  anseios, nunca me senti tão viva e criativa. Cada dia renovo  o entusiasmo, me sinto mais sensível, mais receptiva à beleza da vida,  a pequenas alegrias, meu senso  de humor se torna mais apurado.  O envelhecimento físico é comum  e natural a todos, mas o descompasso com o vigor do espírito não acho normal.    A dor já não me pega pelas costas, pois tenho aprendido a olhar para ela  de frente, estou atenta à meno...

Sorria, você está sendo filmado

    Por muito tempo afastei as pessoas com minha expressão austera e preocupada. Interagia pouco porque a maioria  do tempo estava introspectiva ou focada em algo. O curioso é que até  à adolescência eu ria à toa. Na fase adulta, valorizei demais os dissabores  da vida, dramatizei as situações, não dei importância aos momentos bons. Com essa atitude, atraí ansiedade  e depressão. Foram anos de terapia  e medicação até voltar a ter o riso frouxo.    É comum sorrir, quando a gente sabe que está sendo fotografado, todos querem  aparecer bem na foto.     Em várias circunstâncias o sorriso significa cortesia, afabilidade, simpatia,  ao ser apresentado a alguém ou  ao se encontrar com outrem, ao chegar ou ao sair de ambiente. O sorriso quebra barreiras, aproxima as pessoas.    O sorriso fechado (não se mostra os dentes) é mais comum no convívio social e de trabalho. Por trás do sorriso, é possível identi...

Motivos para sorrir

    Quando seu coração doer,  E nuvens cinzentas cobrirem seu dia, apenas sorria e você se superará.    Sorria para a tristeza e para o medo, mesmo que uma lágrima caia, continue sorrindo. Ao sorrir, você sentirá que ainda vale  a pena tentar.    Sorria para sobreviver, para se energizar,  para tomar fôlego, o sorriso lhe revigorará.   Sorria por um instante sem problemas, para ter novo ânimo.  Sorria, e você atravessará a escuridão dos pensamentos, acendendo a alegria no rosto.    Tempos ruins não são eternos, tudo passa, então sorria. Dê uma chance  ao sorriso, porque você tornará pleno esse momento e a vida mostrará sua bela face e sorrirá junto com você, através de você e para você. Apenas sorria. 

Contentamento e satisfação

    Posso estar satisfeita por algo que realizei ou porque comi o bastante.    Posso estar contente por ter me encontrado com um amigo, porque algo que me deu prazer e alegria.    Posso dar satisfação a alguém que acho que merece ou precisa de uma explicação ou uma justificativa.    Posso estar satisfeito e contente  ao mesmo tempo, por ter dado um passo em direção ao que almejo, por ter superado um problema ou um mal hábito.    Contentamento e satisfação me trazem  uma sensação exitosa de suficiência, que pode ser efêmera ou duradoura. Provêm  da gratidão, do reconhecimento  das bênçãos e ganhos obtidos.    São sentimentos que me elevam  a autoestima, revigoram o ânimo, trazem alento em meio a dificuldades e abrem caminho para a felicidade.    

Benefícios da gargalhada

  A gargalhada libera substâncias que trazem sensação de prazer e alegria, diminuindo o risco de ansiedade, depressão e estresse.    É inconcebível, mas existe quem nunca deu uma gargalhada, nunca se permitiu perder o controle do corpo e da mente numa explosão de alegria. A etiqueta social também contribui para a repressão dessa expressão de alegria que só promove bem-estar.   Pessoas contidas tendem a se tornarem tristes ou mau humoradas, e têm inclinação para censurar quem se libera da auto repressão e age de forma espontânea e divertida.   Quando éramos crianças,  com frequência eu e meus irmãos não conseguíamos conter o riso, não importava a ocasião, a hora ou o lugar. Muitas vezes começava quando alguém quebrava o silêncio dizendo algo tolo,  aí um ria, os outros acompanhavam  e caíamos todos em infindáveis gargalhadas. Prefiro as rugas do riso  do que as marcas de expressão  de tristeza ou raiva.    O bom humor compartilh...

Deus é bem humorado

  Deus é bem-humorado   Dizem que o brasileiro é bem-humorado porque ri de sua própria desgraça. Acredito que Deus gosta disso. Imagino  o quanto Ele acha graça  de nossas orações dramáticas. Costumamos exagerar na dose do que estamos passando, no sofrimento que expressamos, para não sentir a dor real.  Na maioria das vezes, não se trata  de um problema, e sim de resistência  a fazer o que não queremos, a não aceitar atravessar um momento difícil.  Em vez de pedir para nos livrar do “mal”, devíamos pedir bom humor para lidar bem com ele.    Concordo com a letra de uma música que diz: “O mundo pode até fazer você chorar, mas Deus te quer sorrindo.” Tristeza sempre haverá é um sentimento natural, mas alimentar a tristeza já é por nossa conta e risco, Deus não tem nada com isso.   Até à  adolescência eu ria à toa, ria quando via que tinha abotoado a blusa errada, quando tropeçava, quando tinha que voltar por ter esquecido de ...

Desejo de perpetuação

  Meu medo primordial, por trás de todos  os outros, é o da morte, por ser uma realidade inafastável.   Mesmo com medo, o instinto  de sobrevivência me impele  a prosseguir, a acordar todos os dias  e a fazer o que é preciso. Para não viver atormentada, a mente embota  a consciência da definitividade  do fim.    É comum se criar verdades e certezas pela necessidade de constância e continuidade, quando se sabe que a vida é  impermanente e que nada dura para sempre. Assim como todo mundo, mesmo sabendo da finitude, nutro o desejo  de perpetuação, faço planos para  o futuro, cuido da saúde física, procuro preservar a vitalidade física, a juventude mental e o equilíbrio emocional.   Acredito na vida pós-morte  e na imortalidade da alma, mesmo assim anseio pela perpetuação da existência física. Afasto da mente o pensamento de que um dia meu corpo vai se deteriorar em definitivo e que serei forçada a me desligar d...

Autovalor versus auto importância

    As pessoas que se dão muita importância, se acham a cereja do bolo, acreditam serem indispensáveis, insubstituíveis e têm essa atitude por não gozarem de boa autoestima. Essa é uma forma distorcida de se autoavaliarem, movidas pela vaidade e pelo orgulho. Pessoas assim tendem a se frustrarem, porque o mundo não vai dar a elas o nível de importância que elas se dão. Por não conhecerem seu potencial, não acreditam no seu real valor e por isso superpõem uma imagem que em nada corresponde  a quem de fato elas são.    O autovalor requer autoconhecimento, saber de sua potência, de suas habilidades, de suas qualidades.    Quem se dá valor não precisa  do reconhecimento dos outros,  e não se abate quando é menosprezado.    Quem se dá valor tem a dimensão exata de seus limites, não ignora seus defeitos, suas deficiências, trabalha para superá-los.    Quem se dá valor usufrui de autoestima, pratica o autocuidado e tem consciênci...

Nostalgia

  Às vezes acordo no meio da noite com uma sensação indescritível, como se por um instante eu tivesse visitado alguém  ou algum lugar que me é caro, e voltar de lá me deixou na falta.    Essa sensação também acontece quando estou acordada, quando miro o nada, quando a mente divaga sem fixar  uma lembrança clara, quando estou absorta nesse estado quase  de sonambulismo.    Nesses momentos, sinto que não pertenço a este lugar, que meu lar não é aqui, e que tenho uma família espiritual em algum canto do universo.    Quando isso acontece, preciso de força  de vontade e fidelidade ao propósito que me trouxe ao mundo para conseguir  me aterrar e seguir em frente.    O que me sustenta aqui é saber que tem quem zela por mim e que aguarda que  se cumpra o meu tempo de Deus.   Nostalgia é a falta de quem já fui  e esqueci, é o desejo de retornar a algo que me fez bem, é uma saudade anônima que transcende o corpór...

Sorte ou azar, o tempo dirá

      Ao me lamentar por algo que perdi  ou não consegui, é comum o tempo revelar que pulei uma fogueira. Por outro lado, o que para alguns pode ser  conquista, eu vejo como derrota,  ganhar a qualquer preço deixa um rastro de destruição.    Casamento desfeito pode abrir portas para um relacionamento mais feliz, perda financeira me impulsiona a uma atitude mais proativa, a morte de alguém querido me ensina a valorizar a vida e a cuidar  dos que se ficaram.   Sorte ou azar são apenas desculpas  para não reconhecer o valor de alguém,  ou para não me responsabilizar  pelas próprias escolhas. À medida que amadureci, percebi que há sempre  uma razão para o que acontece, pois sei que cada um colhe o que planta,  e aquilo que eu foco, cresce.    Com a maturidade me tornei timoneiro  de minha vida, senhor  de meu destino, tendo sorte ou azar. 

Má vontade

  Tenho estado sob um clima emocional não identificado. Não é só mal-estar, mal humor, impaciência, desânimo,  é uma resistência em fazer qualquer coisa que não seja de minha iniciativa, resistência a me obrigar. Essa atitude tornou-se um condicionamento, uma reação automática e de forma generalizada.   Descobri que tinha a crença  de que estava dando à vida mais do que recebia em troca, só porque a oferta não é do jeito que eu quero.    Quando surge a demanda, um não interno grita, mas meu senso  de responsabilidade o abafa.  As vontades conflitantes fazem me sentir culpada, e eu me puno não cuidando  de mim.    Por agir de má vontade, quando termino, estou exausta. A insegurança  e sentimento de incompetência  me tomam, o medo de não ser  o bastante.    Ao tomar consciência desse círculo vicioso, escolhi ser movida pelo amor.  O condicionamento do não ainda não foi desfeito, mas logo que o percebo mud...

Medo e ansiedade

  Medo é uma reação orgânica diante  do perigo, para manter o organismo  em estado de alerta, no modo  de sobrevivência para combater ou fugir.   Quando a mente avalia a situação como uma ameaça,  ativa o mecanismo fisiológico de defesa. O medo  é um recurso inerente à condição humana, é o que leva a atitudes  de  prudência e cautela. Passada  a ameaça, corpo e mente precisam voltar a seu estado normal.   É assim que deveria ser, mas muitas vezes não é o que acontece. A civilização criou tantas situações de risco que  a resposta deixou de ser pontual.  Quando o estado de alerta se torna permanente, é porque o medo virou ansiedade.   Em mim, o medo passou a ser difuso  e indeterminado. A mente criou perigos fictícios e os sobrepôs aos verdadeiros que me parecerem assustadores.  A intensidade da reação desorganiza  o sistema de defesa, que não consegue mais identificar o que é real. Medo  e...

Sentir-se satisfeito ou pleno

  Posso estar cheia de dúvidas,  de pensamentos contraditórios, de raiva, de angústia, de orgulho, tão cheia que transbordo, me afogo, me sufoco, tenho indigestão mental.   Posso estar repleta de alegria, de boas memórias, de afeto, e isso me enche  de contentamento.   Posso estar farta, aborrecida, enfadada, com tanto barulho, com tantas notícias ruins, farta de mim.    Posso me sentir no auge do vigor,  do apuro intelectual, de momentos bons.    Quando estou plena é diferente, sinto-me inteira, completa, preenchida  de mim mesma, acho-me suficiente, abundante, tenho autossatisfação.   Há conteúdos pesados como a tristeza,  e outros são leves como a alegria.  A plenitude não tem volume nem peso porque é feita de substância vital,  tem a consistência etérea, a fluidez  do átimo.    Um instante de plenitude acontece quando me esvazio de obstáculos  e impedimentos, e por um instante adquiro leve...

Empatia

  Penso que empatia não é o mesmo que compaixão ou solidariedade, empatia cria um vínculo mais profundo com o outro, porque toca em lugares sensíveis de mim. Dizem que o machucado de alguém dói no empático, penso diferente. O empático é afetado pelo que o outro sente, reproduz neurologicamente e emocionalmente sensações semelhantes.    Para mim, compaixão é a afinidade com  o sofrimento alheio que motiva  a querer ajudar. É um impulso generoso e altruísta que leva à solidariedade. Quando sinto compaixão, tendo a ser indulgente, a aceitar os defeitos  alheios porque servem de espelho de minhas próprias imperfeições.     Por me impressionar facilmente, evito assistir noticiários, sinto como  se estivesse  passando pela mesma dificuldade, me comovo com a tristeza alheia. Tenho tendência à melancolia  e situações trágicas me puxam para baixo.   Ao estabelecer empatia, me identifico afetivamente por ter passado por situaçã...

Coisas que eu sei

  Quem eu fui, quem eu quero ser e quem eu sou agora são pessoas diferentes. Em muitos aspectos ainda me vejo como  um enigma a decifrar.    Não conheço o feitio de meu coração, mas sei que nele há algumas cordas sensíveis que evito fazê-las vibrar.    Quando espalho sementes não sei onde vão parar, assim como não sei em que lugar de mim tem o solo mais fértil.    Quanto mais me aproprio de mim e conheço meu valor,  menos me abalo com atitudes e falas alheias.   O segredo do empoderamento está  em fortalecer a base que sustenta  a estrutura, seja física ou emocional.    Coisas que eu sei, coisas que  a experiência me ensinou. 

Ansiedade

  Em mim, a ansiedade se configura como um estado de ânimo duradouro, cuja intensidade varia ao longo do dia. Tanto ela pode me mobilizar a fazer algo, inclusive me manter ocupada  é uma forma de amenizá-la, ou pode  me paralisar se for muito intensa.    A maior parte do tempo a ansiedade  me toma sem motivo aparente, e quando descubro alguma preocupação, algum medo, ou um problema oculto que não quero lidar sinto alívio. Uma coisa que funciona é respirar fundo o mal-estar abranda.    Quando a ansiedade me desestabiliza, não consigo evitar o hábito   de procurar um desconforto substituto. Faço isso ao ingerir comida que provoca peso do estômago. Comer faz parte do meu sistema de recompensa, traz consolo e prazer, enquanto o incômodo me distrai  da ansiedade.    Procuro estímulos para me entreter  e esquecer o desconforto causado pela ansiedade, como ouvir música, assistir filmes, seriados, vídeos de humor, entrar em r...

Perseverança

  Enquanto estou trabalhando para mudar um mau hábito, sou disciplinada, determinada, faço sacrifícios, talvez por saber que há um tempo determinado para conclusão. Difícil é a manutenção  do objetivo alcançado, por ser algo permanente. Enquanto não integrar  o novo hábito, as vantagens obtidas parecem não compensar a privação permanente de certos prazeres, ainda que sejam negativos. Falta força  de vontade, firmeza e determinação,  a vitória diminui de importância e tendo  a voltar ao velho padrão.    A compulsividade é um forte obstáculo  à perseverança, porque muitas vezes  o impulso é mais forte que tenacidade para o refrear. É preciso que haja razão clara e um forte afeto envolvidos para sair desse círculo vicioso.    Quando percebo que estou indo em direção ao velho sistema de recompensa, e me lembro que o prêmio é ilusório,  e dos malefícios que o antigo hábito trazia, me empenho para retomar  os passos que est...

Limites

  Quando jovem, eu era hiperativa,  só parava na exaustão. Isso me rendeu ciclos de adoecimento, estresse  e esgotamento. Gostava de desafios,  era viciada em adrenalina. Só vim  encontrar meu real ritmo interno quando  me aposentei, embora eu viesse desacelerando ao longo do tempo.   Não foram escolhas minhas  os relacionamentos que tive, eu apenas correspondi às investidas  e me deixei cativar. Era seduzida pelo interesse  do outro por mim, e quando isso acontecia, não escultava meu coração, nem dava atenção à intuição, renunciava ao que queria e me adaptava ao desejo do outro, era uma espécie de submissão em troca de atenção, não me dava limites, nem estabelecia uma linha onde nem eu nem ninguém devesse ultrapassar. Essa atitude é comum  em pessoas que sofreram abuso.    Ainda hoje tenho dificuldade de ser assertiva em certas ocasiões, em especial quando envolvem alguém que amo.   Dar limites tem a ver com diz...

Sintonia

  Há quem diga que sintonia é quando  as almas se reconhecem porque vibram na mesma frequência. No entanto, não basta só o reconhecimento, o amor  se realiza pela união de dois quereres,  se um não quiser, seguirá subtraído  do outro. Já me contentei com pouco porque não me entregava por inteiro. Para mim, o encontro acontece quando se abandona as expectativas e passa  a se fazer escolhas.    Quando eu era imatura e influenciável evitava sentir. Hoje sei o quanto vale estar em harmonia com os sentimentos, pois eles trazem recados da alma.  Também é importante dar ouvidos  à intuição e ao pressentimento.    O que não convém é  me deter  em sentimentos de baixa frequência, que me puxam para baixo. Deixo que venham, mas não permito que permaneçam. Sentimentos negativos criam formas mentais que levam ao pessimismo  e à depressão, entram em sintonia com vibrações similares.   Felizmente tem ocasiões em que e...

Entrega

  Resistia muito a me entregar, achava que estaria me submetendo a algo ou a alguém que iria me contrariar   a vontade, que me humilharia,   me aprisionaria, que se aproveitaria de minha fragilidade. Paradoxalmente,  já me sujeitei a um relacionamento abusivo sem ter consciência disso.    Hoje entendo que a entrega é um ato voluntário de rendição a mim mesma, à minha essência, à minha natureza. E isso requer me sujeitar à vontade de Deus, mesmo sem entender seus desígnios, por acreditar que Ele só quer o meu bem. É também me render ao destino que construí, às consequências de meus erros, ao meu propósito de vida, ao amor.    A entrega me leva a fluir na vida, pela confiança na providência divina, “ pois, se Deus assim veste a erva do  campo  que hoje existe e amanhã é lançada no  forno,   não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca   fé?”