Medo e ansiedade
Medo é uma reação orgânica diante
do perigo, para manter o organismo
em estado de alerta, no modo
de sobrevivência para combater ou fugir.
Quando a mente avalia a situação como uma ameaça, ativa o mecanismo fisiológico de defesa. O medo
é um recurso inerente à condição humana, é o que leva a atitudes
de prudência e cautela. Passada
a ameaça, corpo e mente precisam voltar a seu estado normal.
É assim que deveria ser, mas muitas vezes não é o que acontece. A civilização criou tantas situações de risco que
a resposta deixou de ser pontual.
Quando o estado de alerta se torna permanente, é porque o medo virou ansiedade.
Em mim, o medo passou a ser difuso
e indeterminado. A mente criou perigos fictícios e os sobrepôs aos verdadeiros que me parecerem assustadores.
A intensidade da reação desorganiza
o sistema de defesa, que não consegue mais identificar o que é real. Medo
e ansiedade vem do egoísmo e do desamor.
Quando me sinto assim, tento lidar com
a situação de forma racional, examino
a causa da ansiedade, e a miúde a crise é deflagrada por resistência à mudança, por não querer lidar com as atribulações que fazem parte da vida, por tentar fugir
do que é desagradável, difícil, desconfortável, ou por não me sentir capaz de encontrar uma solução.
A ansiedade em mim aumenta sempre que me esqueço de que não estou só,
de que a providência divina sempre atende minhas necessidades reais.
Aí eu me lembro da resiliência dos lírios do campo, que sempre voltam a florir depois do inverno rigoroso,
aí me apaziguo.
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