Empatia
Penso que empatia não é o mesmo que compaixão ou solidariedade, empatia cria um vínculo mais profundo com o outro, porque toca em lugares sensíveis de mim. Dizem que o machucado de alguém dói no empático, penso diferente. O empático é afetado pelo que o outro sente, reproduz neurologicamente e emocionalmente sensações semelhantes.
Para mim, compaixão é a afinidade com
o sofrimento alheio que motiva
a querer ajudar. É um impulso generoso
e altruísta que leva à solidariedade. Quando sinto compaixão, tendo a ser indulgente, a aceitar os defeitos
alheios porque servem de espelho
de minhas próprias imperfeições.
Por me impressionar facilmente, evito assistir noticiários, sinto como
se estivesse passando pela mesma dificuldade, me comovo com a tristeza alheia. Tenho tendência à melancolia
e situações trágicas me puxam para baixo.
Ao estabelecer empatia, me identifico afetivamente por ter passado por situação ou dor parecida. A dor do outro ativa minha dor pessoal por similitude.
Para manter o equilíbrio, procuro
me desidentificar da situação ou do que
o outro está sentido, por isso às vezes sou vista como uma pessoa fria. Para poder ouvir alguém com amor, sem ser tomada por emoções descontroladas, tento converter a empatia em compaixão.
Quando se tem a sensibilidade aguçada, ter empatia é um desafio, pois pode desestabilizar emocionalmente alguém empático como eu.
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