Presença do passado

 

“O passado não reconhece seu lugar, está sempre presente.” Mário Quintana

 

É triste constatar que sou movida mais pelo passado do que pelo no presente. Isso quer dizer que reajo mais ao passado do que opero no presente.

 

O passado que volta é aquele não resolvido, não elaborado, jogado 

nas covas do inconsciente. Maria Homem diz que “a gente tem uma pulsão de repetição, e que essa é a pulsão de morte”. A morte se instala por reviver 

o que não existe mais, por se enraizar 

na morbidez do passado, no vale da morte. 

 

Somos impulsionados à repetição daquilo que nos causou sofrimento, até decidir ressignificá-lo. 

 

A questão é que tenho tendência de permanecer no conhecido por medo do que ignoro, até mesmo por medo de ser feliz. Enquanto não trouxer 

à consciência o fato traumático que repito, ficarei batendo no mesmo lugar, não serei capaz de editá-lo.

 

 

Não quero esperar que o desconforto 

de permanecer no padrão cíclico 

me jogue no desconhecido, quero dar 

o passo em direção a ele. 

Assim terei a chance conhecer 

e analisar o que me mantem presa nesse circuito. 

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