Criticismo
Quando eu era jovem, minha expressão facial denunciava o julgamento que fazia
das pessoas. Sem perceber,
eu provocava as pessoas sem dizer nada: sarcasmo, zombaria, repreensão. Era por demais crítica, como que para
me defender do que via e percebia.
O criticismo, no sentido pejorativo,
é a atitude de criticar alguém de forma denunciatória, afrontosa, superdimensionando a gravidade
do ocorrido ou o defeito do outro.
Não percebia que meu comportamento era desrespeitoso e arrogante, já que todos somos falíveis.
A razão por que agia assim era por ignorar e não querer admitir minhas falhas, e por isso me irritava profundamente com os erros dos outros. Minhas críticas revelavam meus erros.
Me sugeriram que eu contasse quantas vezes eu criticava em um dia,
e o resultado me chocou. Ainda não havia desenvolvido minha capacidade reflexiva, a autoanálise, porque não sabia fazer isso sem julgar e condenar meus próprios defeitos. Também não sabia o que era compaixão.
Hoje, quando me vejo irritada com
a conduta de alguém, me pergunto
o quanto daquilo que me incomoda
é meu.
Quero fazer das pedras que encontrar um caminho, e não ser uma pedra no meu próprio e no caminho dos outros.
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