Faça as pazes com o tempo
Na era da tecnologia tudo é rápido,
quase instantâneo. O humano tenta acompanhar esse ritmo, que é exigido como critério de eficiência. O resultado é o cansaço que leva à exaustão física
e mental, ansiedade e até mesmo depressão profunda, por não se sentir apto para competir nesse mundo tão veloz.
Quando eu tinha trabalho remunerado,
eu era muito rápida, o volume
de produção superava os dos demais colegas. Em compensação, adoecia de forma cíclica e precisava me afastar do trabalho por um tempo. Só descobri
o meu ritmo interno quando me aposentei.
Ouço as pessoas dizerem que o tempo está acelerado, quando se vê, já terminou a semana, quando se vê, já é dezembro. Penso que o passar do tempo segue inalterado, e o que me faz ter
essa impressão é querer ou precisar fazer muita coisa em pouco tempo, e assim
não vejo o tempo passar.
Outro motivo é viver alternando entre
passado e futuro, não viver
o presente. Ou estar tão alienada
de si mesmo que não é capaz
de acompanhar o tempo.
Afinal, ele foi criado pelo ser humano
para regular as atividade produtivas,
e cada vez menos sobra tempo para atividades prazerosas.
Quero crer que fazer as pazes com
o tempo é aceitar os efeitos dele sobre meu corpo físico, e aproveitar cada ciclo de vida, desde a infância até a velhice. Aceitar que ele não é renovável, se finda para cada pessoa e por isso quero vivê-lo como se não houvesse o amanhã.
Venho tentando fazer as pazes com o tempo, usá-lo a meu favor, aproveitá-lo da melhor forma possível, sem pressa, desfrutando de cada instante. A melhor forma de aproveitar o tempo é cultivando relacionamentos sadios, é no que tenho
me dedicado.
Comentários
Postar um comentário