Incompletude
Quanto mais nos distanciarmos de nossa essência, mais nos sentiremos incompletos.
Quando nos sentimos incompletos,
a motivação para o amor é a falta, daí
a crença na alma gêmea, na metade que nos falta. Buscamos no outro o que ele não pode nos dar. Procuramos fora o que está dentro mas não conseguimos acessar.
Por essa razão, o amor é confundido com desejo, que é impulsionado pela falta que nunca é preenchida. O desejo se desloca para outro alvo sempre que seu objeto
é conquistado. Ele escapa porque
sua função é nos mobilizar, nos tirar
da inércia.
Já o amor é perene e amplo, não tem limites. O amor é o atributo que
nos lembra de que somos um com
o Todo. Por isso cabe sempre mais.
A ilusão de que o amor acaba decorre
do equívoco de igualar amor e paixão.
A paixão é o impulso que nos encoraja
a ir ao encontro do outro, para favorecer
a construção do amor.
Quanto mais completo estivermos, mais seremos autônomos, menos
nos sujeitaremos à submissão e dependência, mais autêntico e forte será o amor em nós.
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