Medo, angústia, pânico

 

Na maior parte da minha vida tomei decisões movida pelo medo. À medida em que fui me trabalhando, o medo foi se amenizando e a angústia ficou mais evidente.

 

O medo não é bom conselheiro, e decisões o tendo a base  me desconecta da realidade, prejudica o discernimento.

 

A angústia é minha companheira, às vezes ela está encoberta pela ansiedade, mas minha reação vem da angústia.

 

Nunca fui tomada pelo pânico, talvez porque eu não ignore a angústia, eu a confronte e a questione.

 

O medo é uma reação emocional diante de situações de sobrevivência, nos prepara para lutar ou fugir. Mas ele vem sendo acionado por questões afetivas, como medo de perder alguém que amo, de não me sentir capaz, de que algo que temo que aconteça. 

 

O medo gera o controle como mecanismo de defesa, na tentativa de evitar que algo indesejado aconteça.

 

O medo pode gerar angústia. A angústia intensifica o medo e traz uma sensação intensa que confunde e desorienta. A angústia é algo inerente à existência, é o medo existencial de morrer, que gera um vazio impreenchível. 

 

O medo intenso, ainda que não seja pânico, me desconecta da realidade, da natureza, da vida. O mental me desconecta das sensações. 

 

Tanto o medo, quanto a angústia e o pânico são sinais de alerta de que algo não vai bem e que eu não estou vendo as coisas como elas são. 

 

O certo é que é preciso ver essas reações emocionais com olho clínico, e ficar atenta para as respostas que virão.

 

A melhor saída, entretanto, é se desapegar do objeto de desejo e se perguntar se conseguirei superar a falta. Ou se sobreviverei se o que não quero aconteça.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Sensibilidade