Solidão dos lúcidos

 

Agora eu entendo o ditado que diz: “eu era feliz e não sabia”. A lucidez desfaz a ilusão e a ingenuidade. Me traz a consciência de que são poucos os que seguem esse caminho e ainda assim cada um vê a realidade do seu jeito. 

 

Quanto mais lúcida, mais me sinto só. Concordo com Viviane Mosé quando diz  que ninguém quer saber a verdade, as pessoas precisam de ilusão. A realidade nua e crua é insuportável. A ilusão não é má, desde que se saiba que é uma ilusão, não a revesta de verdade. Mesmo sendo consciente, não renuncio à ilusão, porque é ela que me abre as portas da

imaginação. 

 

O fato é que a consciência deveria aproximar as pessoas, primeiro porque ninguém é dono da verdade,  outro tem sempre algo a me ensinar. Segundo porque com a consciência vem a maturidade, e a maturidade ensina a conviver com as diferenças. 

 

Afinal, por mais afinidade que exista entre duas ou mais pessoas, cada um tem sua singularidade e muitas vezes não é possível acessá-la. Preciso suportar a solidão se quero exercer e proteger minha individualidade. 

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