Poeta, para quê?

  

O poeta desconstrói conceitos, traz o enfoque sensorial e intuitivo 

da realidade, dá novo formato ao verbo, tira-o da caixa que o limita e lhe dá asas.

 

Pensa e sente com a liberdade da criança, descompromissada com 

a lógica mental e dá novo sentido às palavras.

 

Projeta na tela mental uma visão simbólica e desenha a linguagem metafórica, pinta versos com a tinta da imaginação. 

 

Tece o sonho, o desejo latente, penetra na frequência pulsante da vida 

em sua percepção primária. Sua fala provoca e seduz. 

 

Percebe-se sopro divino e esparge encantamento e magia. 

 

Reflete a falta que é de todos 

e a preenche de possibilidades. 

 

O poeta sofre porque é sensível, é capaz de ver a dor que é dele e do mundo, 

percebe o imponderável, se esforça 

em representar o indescritível. 

 

Sente o todo e tem conexão com algo maior que si mesmo, e é grato por isso. 

 

Narra histórias tantas vezes contadas com uma nova abordagem, uma versão plena de prazer, amplitude e menos sofrimento. 

 

O poeta sai de si estando dentro, traz clareza à margem da mente, e por isso 

se humaniza e humaniza quem o escuta. 

 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Amante imaginário

Falando de amor