Julgamentos

 

 

“Não me julgue pelo meu passado, 

eu não moro mais lá.” Essa frase 

me tocou em vários níveis. 

 

Há pessoas que conservam a ideia cristalizada que tinha a meu respeito, 

por falta de interesse em saber quem 

eu sou agora. Talvez nem antes ela via 

quem de fato eu era. Já fui assim. 

Se eu apagasse todos os erros 

do passado, não teria a maturidade que tenho, nem seria quem eu sou agora. 

 

Há quem trace meu perfil a partir 

de uma atitude ou característica minha isolada, não entende que essa informação não é suficiente para definir quem sou. Também tenho essa tendência. 

 

Para me conhecer, assim como para conhecer qualquer pessoa, há que ingressar num processo contínuo de aprendizagem que requer interesse constante e curiosidade por mim. Isso porque estou em constante mutação, 

às vezes para melhor, outras vezes para pior. Quem eu sou hoje não é mais 

quem eu fui lá atrás.  

 

 

Eu vejo o outro em mim e me vejo 

no outro, talvez essa seja a ideia de que tomos somos um. 

 

Percebo vários estágios de consciência sobre mim e a respeito do outro. 

Tem o estágio em que me projetava 

no outro ou projetava o que queria que ele fosse, então não sabia e nem queria saber quem ele era. Depois passei a avaliar o outro pelas suas atitudes, 

mas deixava escapar aquilo que ele não manifesta. Há instantes em que 

me conecto com a divindade que há nele, isso me ajuda a ver nele o ser em evolução, e encontro pontos em comum com minha trajetória de desenvolvimento. 

 

Ver o outro não é fácil, e não é possível conhecê-lo totalmente. Exige dedicação 

e persistência, talvez por isso o Mestre nos recomendou a não julgar para não ser julgado. 

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