Amando o amor
Amando o amor
Virgínia Leal
O amor se expressa por palavras de afirmação, pelo tempo de qualidade dedicado, por atos de cuidados, pelo toque físico. Cada um tem o seu jeito de demonstrá-lo.
A intimidade é um dos aspectos do amor, importa em compartilhar medos, inseguranças, vergonhas com alguém que me escuta sem julgamentos.
É um lugar de revelar meus pensamentos mais íntimos.
O paradoxo é que o amor gosta de intimidade e o desejo gosta
da dimensão desconhecida do outro.
Para sobrevivência de ambos há que ter equilíbrio entre eles, dosá-los
e alterná-los.
Quem nunca amou ninguém desconhece a dor da perda. A maior riqueza da vida é ter alguém que volta para me buscar, que não desiste de mim, mesmo quando erro, isso é um gesto de amor.
O ciúme é um ato de possessividade que esconde a insegurança, por trás
da insegurança o medo de abandono, da rejeição, do desamparo. Quando excessivo, esse medo causa sofrimento tanto ao ciumento quanto ao seu par.
O medo impede o leve fluir do amor.
O ressentido tem prazer em acusar, na vingança escondida, mantem
a vitimização, não aceita o aprendizado. A principal função do ressentimento
é a de afastar o amor.
Quem não quer que suas ilusões sejam destruídas não pode ver as coisas como são. A desilusão é portadora da verdade, por isso cura.
Sempre há uma razão para o sofrimento. Lágrimas valorizam o sorriso, traição
me ensina a valorizar a fidelidade, a solidão me revela a necessidade
de amar.
Eu mereço receber o amor que dou, mas não me cabe determinar quando,
de quem e de que forma.
O amor de Deus se manifesta pelo amor que tenho por mim e que dedico
aos outros. Amor não é uma via de mão dupla como o relacionamento, cuja reciprocidade lhe é inerente.
Amar é verbo, exige ação, não condiciona quem eu devo amar, tudo é uma questão de seguir amando o amor.
Comentários
Postar um comentário