Paz, admiração, amor

 

 

Nunca pensei seriamente a respeito 

da paz interior, afinal sou uma alma atormentada por transtornos psíquicos. Posso dizer que já tive alguns instantesde serenidade, quando me permito dar 

e receber amor, sentir algum atributo 

do amor, como compaixão e empatia, mas mesmos esses sentimentos em mim não são isentos de sofrimento enquanto eu não aprender a lidar com eles. 

 

Quando meu foco está naquilo que escrevo, há uma serenidade momentânea, que pode ser interrompida pela comoção que o conteúdo eventualmente me traz. 

 

O que mais se aproxima da paz em mim são momentos de compreensão vinda 

do coração, em que tudo começa a fazer sentido, e isso afasta o medo. Quando isso acontece, eu entro num estado de calmaria, de ausência 

de perturbações.

 

Creio que amor e paz estão interligados, porque onde há amor não existe medo, ou pelo menos, enquanto eu me autorizo sentir o amor, o medo silencia e permite 

a chegada da paz. 

 

O amor humano não é dotado de todos os predicados que a ele se atribui, há distorções que o desestabilizam como possessividade, ciúme, desconfiança, entre outros, aí a paz não encontra ambiente propício para se manifestar. 

 

A admiração é um componente do amor importante, é a base da longevidade 

de um relacionamento. 

Mas se a admiração vier da projeção de um modelo de perfeição no outro,

de imputar uma atitude que ele não tem ou não está pronto para oferecer, rapidamente ela vai embora. Decepção, desilusão e frustração decorrem desse procedimento equivocado. 

 

Quando há admiração real, se abre espaço para que se conheça o par do jeito que ele é, e para encontrar nele qualidades reais dignas de admiração. 

 

Para mim, paz, amor e admiração se relacionam, colaboram mutuamente. Quanto menos interferências prejudiciais acontecem, melhor a qualidade 

ou o tempo de vida dessas emanações. 

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