Cartas de baralho

 

 

A vida é como um jogo de cartas, tenho que me virar com as cartas que tenho 

na mão. Quando quero trocar de carta, não se qual virá porque todas estão embaralhadas. Posso colocar todas as cartas na mesa, o que é raro. Se eu tiver sorte, a vida me dará um coringa. Se alguém bater antes de mim, tenho que pagar as cartas que não usei. 

 

Assim é minha vida, recebo a primeira mão de cartas e tento jogar com elas. Mas não sei que resultado terá a composição que eu fizer com elas. 

A ação está em meu poder, depois a vida se encarrega dos desdobramentos. 

Às vezes dou as cartas, outras vezes não, às vezes pego uma mão boa, outras vezes não. Mesmo sem saber qual virá, acredito que será a que preciso, ainda que não combine de imediato com as que tenho na mão. Quando descarto, não sei o que o outro tem nas mãos, se ele vai tirar vantagem disso. 

 

Nesse jogo incerto, muitas vezes eu me quebro e tantas vezes tenho que 

me remendar. Sou um mosaico de várias formas e cores de pedaços de mim. 

Só eu sei quantos castelos de cartas tive que desmontar e montar de novo para ser quem sou hoje. 

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