Pensando-me
Pensando-me
Quando a vida me sacudir, o que
se derramará de mim? O que já está
pronto para transbordar. Aquilo que já está apto para ser visto, analisado
e curado. Muitas vezes eu já sei, mas não quero saber, aí a vida me coloca de frente com o que evito.
O amor se expressa no ato de bondade
a quem não conheço. Fazer o bem
a quem amo nunca é desinteressado, quero reciprocidade, reconhecimento.
O amor não surge de mãos vazias,
ele traz consigo tudo que me impede
de amar. O que vou fazer com isso é condição para ele ficar ou ir embora.
Sou provocada pela sensação
de desafio, há em mim uma fome
de conquista, vontade de me testar,
de provar que sou capaz.
O desafio é provocação útil para
as realizações, mas para relações afetivas, não. Relações que exigem esforço de se manter não sobrevivem.
Estou acostumada com a excitação da paixão, o frio na barriga, e quando o encontro é brando e gentil, perco o interesse. O amor é calmo, não tem grandes rompantes nem sobressaltos.
Sei quando o instante merece ser vivido quando quero que dure, quando fica
um gostinho de quero mais.
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