Meu olhar

 A parte II – O meu olhar, do poema Guardador de Rebanhos, de Alberto Caeiro, heterônimo de Fernando Pessoa parece que foi feito para mim, pela similaridade do meu olhar para o mundo, quando ele diz: ... e o que vejo a cada momento é aquilo que nunca antes         eu tinha visto, e eu sei dar por isso muito bem... É esse olhar que busco ter, pleno    de novidade, de espanto, porque a cada instante estou mudando, e ao mudar, altera-se meu olhar diante das coisas. 

Assim como no poema, Sinto-me nascido a cada momento para a eterna novidade  do Mundo... Vejo o mundo como se o estivesse observando através de um caleidoscópio cujas imagens mudam a cada movimento, cada novo olhar         se torna um renascimento.  

Concordo quando ele diz que  "O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)mas para olharmos para ele e estarmos de acordo... "    
Procuro ter um olhar isento de julgamento, tentando assimilar a impermanência da vida, do mundo de mim. 

Entendo quando ele diz que "Amar é a eterna inocência, e a única inocência é não pensar... "O amor é desprovido de pensamentos críticos, o pensamento corrompe a percepção. O amor perpassa pelos sentidos,  antes de tudo traz o olhar despido de crenças, de valoração, de princípios humanos, é a capacidade de ver a verdade que consigo alcançar, porque verdade é amor. 

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