Maturidade
Parece um contracenso a pessoa que foi molestada praticar aquilo que lhe vitimou. A vítima de abuso sofre de baixa autoestima e não aprendeu a se dar limites, em consequência não respeita
os limites dos outros.
Ela não sabe que está invadindo
o espaço alheio, e mesmo quando toma consciência disso, tem dificuldade
de livrar-se do condicionamento viciado.
Seu padrão familiar é de desrespeito, não lhe foi ensinado limite, e limite é amor.
Ela não conheceu um ambiente sadio.
É preciso entender que algumas pessoas que foram molestadas se culpam
pelo que aconteceu, guardam segredo por vergonha, e não procuram ajuda.
Essa atitude favorece a continuidade
do abuso, e a vítima naturaliza
seu sofrimento. Ela torna-se dependente emocional do agressor, que a cada dia
a menospreza, o que faz ela acreditar que não tem valor e essa crença a impede
de sair desse lugar. À medida que permite que sua integridade seja atingida, banaliza o cuidado que precisa ter
ao relacionar-se com outras pessoas.
O primeiro passo para a cura é pedir ajuda e tomar consciência
de sua condição. Ao trilhar o caminho
do autoconhecimento, vai fortalecendo sua autoestima e a força de vontade.
Descobre as disfunções familiares
e suas próprias distorções. Passa
a se respeitar e respeitar os outros, delimita suas fronteiras e não invade
mais os limites do outro. Não dá mais
ao outro o mesmo tratamento nocivo
que recebeu.
Mas isso não acontece de imediato,
é um processo em que ela experimenta erros e acertos. O caminho é árduo
e é preciso ter perseverança
e determinação, mas vale o esforço.
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