Escolhas

 

Quando vejo o filme de minha vida,

percebo que ela foi a construção feita 

a partir de minhas escolhas. Eu sou

o produto de minhas escolhas. 

 

A questão é que essa estrutura foi criada a partir de um desejo inconsciente básico que constituiu meu estilo e a constância das coisas que faço.

 

Tal desejo norteou minhas escolhas, 

e elas tiveram um denominador comum.

Já tenho consciência desse desejo básico de me proteger ou de me punir, 

ou as duas coisas. Desejo de me proteger de algo que me vitimou, e que hoje essa defesa não é mais necessária.

Desejo de me punir pela culpa que senti pelo que aconteceu. Hoje sei que a criança que eu fui não poderia ter feito diferente.  

 

O que percebo é que minhas escolhas tiveram por motivação o medo. Medo 

de sofrer, medo de não acontecer o que desejo, ou o de acontecer o que temo, medo do abandono. Para lidar com isso, criei mecanismos de defesa ineficientes, que acabam por colaborar com o desfecho indesejado. 

 

O problema é que a maioria 

de minhas escolhas foram feitas sem sequer saber que as fiz. Tenho trabalhado para tornar consciente tais escolhas, 

para que eu possa arcar com  as consequências que delas resultaram,

assumir a responsabilidade por elas. 

 

Afinal elas moldaram minha vida e quem eu sou. Acredito que Deus aproveita qualquer escolha para me conduzir de volta ao caminho que me conduz 

a Ele. No entanto há escolhas mais amenas e eficientes que me levam ao  mesmo propósito, sem que haja tanto sofrimento. É o que busco hoje. 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Amante imaginário

Falando de amor