A-Deus
Sinto que desperdicei três oportunidades de um relacionamento feliz porque escolhi pessoas que não estavam disponíveis para construí-lo comigo, nem eu mesmo estava. Não é fácil se despedir de um sonho acalentado, de um projeto há muito idealizado. Por outro lado, se eu atraí ou me senti atraída por pessoas assim, é que há em mim um não interno por trás do anseio.
É preciso saber a hora de parar, de dar um fim, de fechar a porta, a hora de partir, de soltar algo ou alguém, mas não sou boa em término, só o faço quando não dá mais para segurar. Para mim, é difícil trocar o certo pelo duvidoso, mesmo quando o certo não mais satisfaz. Lançar-se no desconhecido é como estar solta no vácuo, sem sentido ou direção. Os prognósticos que faço são os piores possíveis, para aliviar o medo crio fantasias. Para largar o osso preciso de motivação suficiente para valer o risco.
Hoje meu motor é a autocura, não no sentido de obter saúde plena, mas de cuidar de mim em todos os níveis, físico, mental, emocional e energético. Preciso estar bem para seguir meu propósito pessoal, para me relacionar bem com tudo e com todos, para contribuir com o bem-estar de outrem.
Ao dar adeus, devolvo a Deus o que recebi por empréstimo ou pela graça, agradecida pelo tempo que desfrutei ou convivi.
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