O trânsito da alma

  

Quando saio do corpo, é comum ser puxada de volta quando a mente registra perigo. Pela rapidez com que retorna ao corpo, tenho a sensação de cair no vácuo. 

 

Minha alma tem trânsito livre, reencontra afetos, sobrevoa lugares, se abriga no coração. Quando a vida está árida, procuro refúgio no oásis da alma, recebo aconselhamento. 

 

Seleciono a quem exponho a nudez de minha alma, minha vulnerabilidade plena, pois se assusta quem se habituou a viver de aparências. 

 

Sonhos são portais da alma, há que ter atitude para atravessá-los. A alma é plástica, mas não cabe em caixa alguma. Ela é livre, voa, navega, saltita, está sempre em movimento e me instiga a me deslocar. Ela me cobra posicionamento perante a vida, me regula, me aquieta o coração. 

 

Quando a leveza me toma, encho minha casa interna de cor, trago música, giro na ponta dos pés, solto um riso frouxo. Se obedeço aos comandos da alma, fico em paz. 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Amante imaginário

Falando de amor