Satisfeita ou plena


 

Posso estar cheia de dúvidas, 

de pensamentos contraditórios, de raiva, de angústia, de orgulho, tão cheia que transbordo, me afogo, me sufoco, tenho indigestão mental.

 

Posso estar repleta de alegria, de boas memórias, de afeto, e isso me enche 

de contentamento.

 

Posso estar farta, aborrecida, enfadada, com tanto barulho, com tantas notícias ruins, farta de mim. 

 

Posso me sentir no auge do vigor, 

do apuro intelectual, de momentos bons. 

 

Quando estou plena é diferente, sinto-me inteira, completa, preenchida 

de mim mesma, acho-me suficiente, abundante, tenho autossatisfação.

 

Há conteúdos pesados como a tristeza, 

e outros são leves como a alegria. 

A plenitude não tem volume nem peso porque é feita de substância vital, 

tem a consistência etérea, a fluidez 

do átimo. 

 

A plenitude acontece quando me esvazio de obstáculos e impedimentos, e por um instante adquiro leveza bastante para  sincronizar com minha instância divina. 

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