Fugir, desistir, recuar
Depois que deflagro uma iniciativa, tenho dificuldade em recuar, mesmo quando esta é a melhor opção. Recuar soa para mim como se eu estivesse cedendo
meu lugar para outra pessoa. Desistir, então, não é opção, é mais fácil eu estacionar num ponto da caminhada por pura inércia, mas tendo em mente que voltarei a seguir. Mas quando se trata
de questões afetivas eu tendo a fugir por pura covardia, não sustento o momento.
O tempo e as experiências foram
me mostrando que sustentar o orgulho
e não dar o braço a torcer é
um comportamento imaturo que só sofrimento causa.
Recuar para esperar momento mais propício, desistir quando seguir trará consequências desastrosas, reconhecer que fiz uma má escolha, são atitudes de coragem e de sabedoria.
Agir com destemor não é coragem, é inconsequência. Diante do perigo real, há que ativar o modo de sobrevivência que importa em lutar ou fugir. A fuga,
é uma medida extrema, e não deve ser usada por medo irreal e por insegurança.
No entanto, afastar-se, evitar o confronto, para esperar passar a reação emocional
é a melhor atitude.
Fugir, desistir, recuar podem ser soluções positivas ou negativas, depende
da motivação, das circunstâncias
e do contexto.
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