O desafio da não intervenção

  

Sempre fui uma pessoa ativa, decidida, empreendedora, e essa forma de ser muitas vezes é um sério obstáculo para discernir quando devo agir ou quando devo me omitir.

 

Se não agir já é uma ação difícil para mim, é desafiadora quando envolve filho. Me arvoro na condição de salvadora da pátria, aquela que sabe o que é melhor para ele, tiro sua autonomia e ajo movida pelo medo dele tomar a decisão, a meu ver, equivocada. Ao fazer isso, minha capacidade de discernimento e avaliação fica comprometida. 

 

Essa atitude dificulta o seu amadurecimento, aprender com os erros, assumir responsabilidade por eles, pagar o preço pelas escolhas.

 

Por outro lado, dou sinais inequívocos de que não confio no seu discernimento, principalmente quando a decisão pode me trazer prejuízos financeiros.

 

Por todos esses motivos, a não intervenção é uma iniciativa sanadora 

da minha relação com ele, promoverá o crescimento pessoal de ambos. 

 

Associada a ela está estabelecer limites 

a eventuais pedidos de ajuda e me preservar de eventuais rebordosas.

 

Ainda que a ansiedade e a angústia me tomem, por não ter aprendido ainda 

a entregar a Deus o que não me pertence e a confiar na Providência Divina, certamente trará benefícios afetivos e ganhos pessoais maiores que eventuais prejuízos materiais.  

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