Enquanto durar

  

“Você esqueceu que deu certo muito antes de dar errado, e deu por muito tempo. O errado só veio agora e só falamos dele.” Bruno Fontes 

 

Temos a tendência de achar que o amor fracassou porque terminou. Assim, desvalorizamos toda a jornada de convivência só porque não foi adiante. 

 

O amor é plástico, se ajusta à anatomia do relacionamento, e muda à medida que o vínculo toma nova forma. 

Ele floresce pelo carinho, cuidado, interesse, mas se esconde pelo ódio, indiferença, descaso. Se esconde, mas não acaba. Você pode retirar 

seu amor da relação, mas não pode exterminá-lo. 

 

Nem toda relação acaba por falta de amor, muitas vezes ela sucumbe porque não se soube nutri-la, pelo desgaste provocado pelo desrespeito, por insatisfação ou por desejos conflitantes do par.  

 

Para vencer a dificuldade de sair de onde não mais lhe cabe, é comum 

se concentrar em lembrar só das coisas ruins, a pessoa teme recordar as boas lembranças, por medo de hesitar ou de se arrepender. Passado um largo tempo, as boas lembranças chegam e reavivam o amor, só que de um outro lugar, do lugar 

do coração, ainda que ausente a convivência.  

 

O amor vai além do próprio tamanho 

de quem ama, e por ser desmedido, 

se ambienta às situações mais adversas. 

 

Importante valorizar e aproveitar o que se tem, enquanto durar. Essa atitude de gratidão tornará menos traumática a separação. Cabe a cada um decidir o que fazer com o amor que se tem, independente de permanecer ou partir. 

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