Memória e esquecimento

 “O rancor e o ressentimento é um excesso de memória... quem guarda é quem sofre. Esquecer e seguir é sinal de saúde. “ Viviane Mose


A minha memória era prodigiosa. Lembro que no teste psicotécnico eu lembrei de todas as imagens que me foram apresentadas. No entanto, minha memória afetiva era falha, esquecia até de coisas boas que vivi, e não lembrava nem quando alguém mencionava alguma dessas coisas.

Memória e esquecimento, são facas
de dois gumes. Se a memória
é importante e útil para lidar com
as coisas do dia a dia, para aplicação
do conhecimento, lembrar de eventos traumáticos é desestruturante.
O esquecimento muitas vezes é meio
de sobrevivência psicológica
se a consciência não é capaz
de suportar a lembrança.

Guardar ressentimento pela ativação constante da memória é reviver a experiência dolorosa com a intenção de não perdoar.

Por outro lado, esquecer o que me fez mal sem antes compreender e processar o ocorrido, causa danos. O gatilho emocional disparará a mesma reação vivida, sempre que me confrontar com situação semelhante, ainda que eu não me lembre do que deu origem a ela.

Viviane Mose diz que “esquecer e seguir é sinal de saúde”. Concordo, desde que a reação emocional correspondente seja direcionada para a cura.

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