O que se vê não é o que é
Não temos uma visão fidedigna
da realidade, o que vemos não é o que é. Isso se destaca quando olhamos para alguém. Nosso olhar tem filtros que criam o perfil do observado, tais como presunções que criamos a partir
das experiências boas ou ruins que tivemos com ele, projeção que fazemos de nossas expectativas ou defesas.
Acresça-se a isso crenças individuais,
a forma como ele nos afeta, rigidez moral ou o excesso de alargamento dela, preconceitos.
As pessoas tendem a julgar os outros por atitudes isoladas e a partir daí traçam seu perfil. Feito isso, engessam a imagem que criaram do outro e não conseguem perceber eventuais mudanças que
ele faça.
A mente não gosta de insegurança, por isso cria um sistema de análise quase matemático que responde ao estímulo recebido.
O grande dificultador de ver a pessoa como ela é, ou pelos menos de se aproximar disso, é não renunciar
às certezas e não estar interessado em conhecer de fato o outro.
Ao saber disso, não deveríamos levar tão a sério a opinião alheia, ainda que seja de amigos e familiares. Se de um lado o outro pode ser nosso espelho, de outro esse espelho pode estar comprometido por todos esses fatores.
A autoestima só se conquista quando estamos empenhados em nos conhecer por inteiro, nossas qualidades e imperfeições. Dessa forma, o retorno do outro a nosso respeito pode se transformar numa fonte confiável que irá confirmar o que já sabemos ou nos revelar aspectos nossos ainda desconhecidos.
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