Moralismo

 O moralismo é uma forma deturpada

da ética e da moralidade. O moralista tenta impor aos outros seus padrões morais, distorcendo os conceitos segundo sua visão particular de mundo.

Isso importa em julgar o comportamento das pessoas segundo seus padrões.
Em sua variação, aplica os estritos termos éticos de forma rígida, interpretados de forma pessoal, sem considerar as circunstâncias, os atenuantes
e a realidade dos fatos.

O mais prejudicado com o moralismo
é o próprio moralista. Ele aplica a mesma régua para julgar a si próprio, e como não suporta sua falibilidade, rejeita sua atitude, trancando-a no inconsciente
e esquecendo dela.

O julgamento severo feito aos outros é uma forma de desviar a atenção de si, para não permitir chegar à consciência seu autojulgamento.

Mas o que está no inconsciente vive sempre à espreita de uma oportunidade de se manifestar, e a mais das vezes surge em forma de impulsos, sejam sexuais, agressivos e a culpa se instala, por esconder de si próprio aspectos por ele mesmo condenados. Ademais,
por não admitir suas imperfeições,
torna-se hipócrita, acaba praticando escondido os mesmos atos que reprova dos outros.

Esses impulsos surgem através de atos falhos, aquelas atitudes que em sã consciência a pessoa não faria.

A cura está em permitir conhecer aspectos que estão no inconsciente.
O próximo passo é aceitar e integrar
os conteúdos rejeitados, reconhecendo sua humanidade que é feita de virtudes e defeitos.

Ao agir assim, o amor-próprio cresce,
a pessoa torna-se mais humilde, menos defensiva, mais leve. Possibilita estar conectado com mais pessoas que antes eram afastadas por conta de suas imperfeições.

Ao corrigir o julgamento feito
pelo moralismo e aceitar que todos somos passíveis de erros e acertos, é possível receber de volta essas pessoas excluídas de sua vida.

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