Culpa

 

Há momentos em que as coisas começam a dar errado em minha vida, 

e percebo que isso é construção minha, ainda que inconsciente, é auto boicote. 

 

Quando isso se dá, sei que me culpo, 

a culpa está oculta e é a razão 

da consequente tentativa de punição. 

 

A culpa não elaborada, aquela que não sei de quê,  tem consequências desastrosas. A culpa é oculta porque não quero admitir o erro, por não suportar ver em mim esse aspecto deletério, 

a meu ver abominável. E por não 

o aceitar, não me permito me arrepender, e não me arrependendo, não me movo para repará-lo. 

 

A consequência dessa atitude é um clima emocional de angústia e confusão, que só melhora quando lembro o que 

me fez sentir assim. 

 

Se eu não admito para mim mesma 

o erro, como vou confessá-lo 

a outra pessoa? Como vou reconhecê-lo diante de quem causei dano? 

 

A culpa inconsciente, aquela que faz com que eu não me sinta merecedora de ser feliz, tem a ver com o sentimento de falta de sentido da vida, e impede que 

eu realize meu propósito. Para mim, 

o sentido da vida é o aprimoramento pessoal, e a culpa não admitida 

é um sério obstáculo para isso. 

 

Ao permitir que a culpa venha 

à consciência, posso lidar com ela 

e me livrar da paralisia decorrente 

da vergonha, do medo de punição 

e de ser rejeitada. Assumir 

a responsabilidade e pagar o preço dói, mas é  dor que cura. 

 

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