Resiliência e covardia moral

 Sempre acreditei que era resiliente até entender o seu conceito. Resiliência é a capacidade de se regenerar após receber um impacto, de voltar à condição original.


Descobri que em algumas situações não sou resiliente, porque há em mim feridas que não cicatrizaram, que deixaram sequelas emocionais e elas me apequenam.

A causa da falta de resiliência vem da covardia moral de não tentar, por medo de me dar mal, e o resultado
é o ressentimento de mim mesma por não ter reagido diante da agressão física, moral ou emocional. Então eu escondo a covardia através do ressentimento. Muitas vezes me pego me escondendo por trás da idade para justificar minha acomodação.

O ressentido atribui a culpa de permanecer enfermo à vida,
ao destino, a outra pessoa, ou racionaliza sua covardia criando justificativas para a inércia.

Ele precisa alimentar a mágoa para esconder a verdadeira causa
de sua insatisfação, e o faz através da vitimização. Ele não assume a responsabilidade por não ter tentado se proteger diante do impacto iminente ou não ter tentado se recompor.

Essa percepção me trouxe um novo olhar para a questão, me libertou do autoengano, e me deu um caminho a seguir. Sempre que me sentir ressentida, vou me perguntar o que estou tentando ocultar por baixo da vitimização. Esse é o caminho da cura.

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