Os Eus que nos Habitam - Virgínia Leal


 


            No momento em que você precisa fazer uma escolha importante, você pode ser atormentado por várias vozes internas. Elas são simultâneas, com opiniões diferentes e conflitantes. Enquanto uma é exigente e crítica, outra diz que você não vai conseguir e começa frases com “e se ...” Enquanto uma é impulsiva e quer começar já, outra é insegura, hesitante e procrastinadora. E nesse rebuliço, a voz que analisa, pondera e confia fica abafada. E você ficava no meio dessa confusão sem saber o que fazer.

 

            Isso acontece porque existem vários eus ou instâncias na psique. Mas como estão escondidos no inconsciente ou semiconsciente, eles atuam de forma desordenada, caótica e livre em nossa mente. Muitas vezes pensamos, sentimos e agimos a partir de um eu oculto e não nos damos conta disso.

 

            Quando você age movido pela destrutividade, ou de forma imatura ou fingindo ser o que não é, ou  sente leveza, alegria e a imaginação aflora, ou ainda quando tem um vislumbre de sabedoria, quem está no comando em cada uma dessas situações? Para que essa resposta seja respondida, precisamos distinguir e identificar todas essas vozes.

Na psicologia há os conceitos e id, ego e superego. Id é a parte responsável por todos os instintos, desejos e impulsos primitivos do indivíduo, que são classificados como os “princípios do prazer”. O Ego, por outro lado, consiste na realidade da personalidade da pessoa, mantendo o equilíbrio entre as vontades do Id e as repressões do Superego.

 

            Trago aqui uma abordagem diferente desses eus, a partir dos conceitos do Pathwork. Segundo essa metodologia de autoconhecimento, habita em cada um de nós o eu inferior, eu superior e máscara. Além deles ainda há a consciência sobreposta e o eu criança.

 

Quando nos conhecemos melhor, aprimoramos nossa capacidade de escolha e criamos realidade positiva em nossa vida.

 

            Nas próximas reflexões, trataremos de cada deles.

 

             

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