Escalada


 Alguns dizem que o propósito da vida é chegar ao topo do aprimoramento de si, outros falam que o mais importante é aproveitar a escalada. Escalamos dificuldades, desafios, adversidades, encontramos obstáculos, ajuda e tesouros no caminho. Às vezes despencamos no meio da subida e temos que reiniciar a jornada. 

 

Do meu ponto de vista, a vida não é só uma escalada, ela é feita de ascensão e declínio. Em algum ponto da subida é necessário fazer o percurso de volta, agora com um novo olhar, 

um novo entendimento, para compartilhá-los com as pessoas.

 

É preciso também descer nas cavernas de si próprio, invernar nelas, integrar 

o que foi aprendido. Lá é preciso renunciar a idealização que leva 

à frustração e a projeção que impede de se conhecer o outro. 

 

A alternância desses dois estágios é necessária para que a jornada seja efetiva. Entre um e outro é preciso se voltar para fora, e na planície humana que nivela a todos testar a autoaceitação da realidade e a solidez do progresso realizado.

 

Essa empreitada se reproduz ininterruptamente durante a existência, algumas vezes para repetir o aprendizado não alcançado, outras para escalar um novo patamar de saber, 

que é infinito. O topo do aprimoramento é o máximo de expansão que cada 

um pode chegar a cada escalada. 

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