Crise existencial


Achei que estava com depressão por conta da falta de ânimo. Não se tratava 

de tristeza ou baixa autoestima, era um momento em que precisava renovar meu propósito de vida. Percebi que minha vida estava muito sem graça, uma repetição de atos de rotina. Precisava desenvolver novos interesses, encontrar atividades que me deem prazer. 

 

Num primeiro momento, atribuí esse estado emocional à falta de convivência e de interação social. É certo que morar só pode trazer momentos de solidão, mas já me senti só quando estava acompanhada. Melhor observando, percebi que esse é um dos sintomas que me acomete quando estou atravessando uma crise existencial. Descobri que meu medo não é de aniquilação, como supus no início, meu medo é de existir, daí a crise existencial.

 

O que me chega pela intuição é que se tratava de um chamado da alma que não escutei, e é esse distanciamento dela que tornava a vida sem sentido. 

 

Descobrir isso me alegra, porque basta eu ficar atenta e observar os sinais que 

ela vem enviando. Só de escrever estas conclusões, já me sinto melhor. 

 

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