Acontecimento adiado
Tem dias em que me sinto como
um acontecimento adiado, uma promessa não cumprida, uma possibilidade desprezada.
De um lado há todo o potencial não realizado, do outro há a expectativa exigente de perfeição. O medo do risco se concretizar me paralisa, o projeto fica no papel, o sonho apenas no imaginário.
Sou viciada em adrenalina, em pensamentos negativos cristalizados que reduzem minha autoestima, gatilhos de ansiedade.
Preciso aprender a escolher para quem eu abro a porta, quem eu recebo no jardim, quem adentrará a sala de visita, quem convido para estar na cozinha, quem privará de minha intimidade, a quem ofereço colo e abraço. Esse alguém pode ser uma pessoa, uma atitude, uma ideia, um hábito.
Sei que o risco é inerente à vida e manter-me na inércia é um risco maior
à sobrevivência que aventurar-me no desconhecido, pois o esforço em não me mover me desvitaliza, a inércia é morte em vida. Ao dar o primeiro passo,
o universo se encarrega de mostrar
a direção.
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