Pessoas no caminho

  

Tenho refletido sobre o que representaram algumas pessoas que passaram pelo meu caminho, mas ainda não tinha pensado o que eu representei para elas.

 

Eu entro e saio da estrada sem saber 

qual percurso fiz com elas, 

se o caminho era delas, meu ou nosso, 

se fui eu ou elas a timoneira que 

nos levou a um determinado porto, 

se abandonei o barco antes de chegar 

ao destino, se deixei o barco à deriva. 

Pensando nisso agora, não sei sequer 

se estávamos no mesmo barco 

ou usando as mesmas coordenadas.

 

O certo é que cada um de nós seguiu em frente, encontrou novos companheiros 

de viagem, escolheu trajetórias diferentes. 

 

O intrigante é que eu entrei para ficar, mas deixei a água minar no barco, convidei outras pessoas para embarcarem, e elas pesaram a ponto de o barco afundar. 

 

Me pergunto se para elas fui uma nuvem que nublou, mas não choveu, fogo 

de palha que logo apagou, vento que não moveu as velas, farol que uma hora 

se apagou. Ou, quem sabe, fui a resposta e solução para alguns.

 

Hoje navego no mar da vida sem saber 

se terei de novo alguém junto comigo, 

ou se o meu caminho precisa ser solitário para eu aprender a valorizar 

a companhia. 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Amante imaginário

Falando de amor