Dando boas-vindas à ilusão
Tentei viver sem ilusão, mas a vida ficou muito triste, tornei-me descrente
e amargurada. Nesse estado de ânimo passei a vê-la por uma lente pessimista, não via mais sentido em nada.
Afinal, ao rejeitar a ilusão, excluí também
eventuais oportunidades, o que tem pouca probabilidade, ou algo que apenas está demorando a chegar. O que penso ser ilusão pode ser o real que ainda não chegou, algo que desafia o impossível,ou pode ser mais uma artimanha do auto boicote ou da auto traição.
Não sei o que a vida me reserva, mas quero crer que ela prepara algo de belo
e bom para mim, ainda que não seja o que desejo.
Percebi que estou muito autocentrada
e que o contentamento está na partilha,
no convívio, na interação. Senti alívio em pensar assim, agora é só praticar.
É tênue a linha divisória entre realidade
e ilusão, e o que penso ser ilusão pode ser a realidade e vice-versa, nem toda ilusão é má. Dou boas-vindas à ilusão ou a algo que ainda não sei nomear.
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