Salto no escuro
Minha terapeuta costuma dizer que “não consigo já morreu”. E ela tem razão
Quem transforma limites em barreiras
Quem enrijece os limites para não me tornar maior sou eu.
Deixo que o medo dite o que posso
ou não ser
Meus limites são determinados por desconfiança e falta de fé
Desconfio que Deus proverá,
da benignidade da vida, temo a escassez
Me apego ao ditado que diz: “não dar o passo maior que minhas pernas” e assim não testo minha flexibilidade para não dar passos maiores
Sigo na contramão da vida buscando segurança e estabilidade.
Não solto, não me entrego.
Não posso mais dizer que não consigo
para esconder minha covardia.
Eu poderia ter sido mais arrojada, mais impetuosa em minha expansão
Não dá mais para viver contida em contornos que não me deixam crescer
Preciso dar um salto no escuro, pular no abismo, ainda que tenha medo, ainda que desconfie. Se não der certo, pelo menos
não viverei em conflito com minha consciência.
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