Certezas


 

Costumava dizer que não era fácil eu mudar de opinião, que só aceitaria outro ângulo se fizesse  sentido para mim. Não era fácil me demover das minhas “verdades”, que nada mais eram do que crenças.

 

Sempre fui teimosa, não arredava o pé 

se estivesse convencida de algo. Muitas vezes nem queria ouvir opiniões divergentes da minha, tinha medo de abalar minha convicção. Acreditava que se isso acontecesse iria desmoronar meu alicerce conceitual e ficaria sem nada.

 

A certeza é inimiga da mudança, do crescimento pessoal, da expansão em todos os sentidos. Ela é aliada da rigidez que causa intolerância, separatividade.

 

Para haver mudança, é preciso duvidar. 

A dúvida não permite o engessamento de ideias, ela questiona, critica, se abre a novas perspectivas. 

 

Só há fé porque existe dúvida. Fé sem questionamento beira a fanatismo. Quem tem fé não abre espaço para certezas.

 

 

 

Não há mudança sem autoaceitação 

e a autoaceitação confronta as certezas sobre si mesmo.

 

Agora baseio minha verdade naquilo que acredito provisoriamente, sempre aberta para novas perspectivas.

 

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