Prisão mental

  

Já houve um tempo em que fui tomada por pensamentos recorrentes e circulares, expectativas irreais, fantasias impossíveis de se concretizar, crenças equivocadas, medos infundados.

 

Enquanto estava aprisionada a esse ciclo de pensamentos, não conseguia enxergar a realidade, nem novas possibilidades que o presente me oferecia. 

 

Uma das prisões mentais mais difíceis de me libertar foi a crença de que eu poderia satisfazer os caprichos de meu ex-marido. Quanto mais me esforçava, mais insatisfeito ele ficava, então eu me empenhava mais, sem sucesso. 

 

Demorou para eu entender que não era minha tarefa agradá-lo, nem era isso que ele queria. Na verdade, eu agia assim para ser validada por ele, e para receber dele o que eu queria em troca. 

 

Só me libertei dessa prisão mental quando cheguei à exaustão e desisti do intento. Aprendi que ninguém é capaz de fazer alguém feliz. Eu insistia em fazê-lo feliz porque não conseguia lidar com a insatisfação dele. 

 

Minha felicidade não depende de fazer o outro feliz. Ser feliz ou não, é escolha de cada um. Só assim me libertei da prisão mental que eu mesma provoquei. 

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