Conversar é necessário
Só existe uma pergunta a ser feita quando se pretende casar: ‘continuarei a ter prazer em conversar com esta pessoa daqui a 30 anos?’. Nietzsche
Imagine como seria a convivência prolongada depois que o sexo não for mais prioridade, os filhos seguirem seu rumo e não haja nada para conversar. São apenas pessoas que dividem a mesma casa e obrigações.
Em nenhuma de minhas relações meu par gostava de conversar. Eu até puxava um assunto, mas não encontrava eco. Um deles até falava, mas eram só queixas e lamentos. Em outro havia muita competição, então não havia conversa, só disputa.
A falta de diálogo foi causando distanciamento entre nós, a distância levou ao desinteresse, o desinteresse foi minando o amor.
Diz o senso comum que o homem não gosta de conversar e não é bom ouvinte. Meus relacionamentos confirmaram isso, mas não dá para generalizar.
Por outro lado, eu só falava quando algum problema tomava meu dia, ou para fazer cobranças, não buscava um assunto de interesse comum. Muitas vezes eu não o escutava, já pensava na resposta enquanto ele falava.
Conversar é uma arte. Quando não há sensibilidade no que e no como dizer, ambos podem ficar refratários. Conversar cura.
Conversar sobre como foi o dia de cada um, sobre preocupações, mas também sobre abobrinha, sobre coisas divertidas e alegres aproxima as pessoas.
Não é preciso que ambos comunguem da mesma forma de pensar. Quando há divergência, ambos podem encontrar um ponto em comum ou simplesmente respeitar a forma de pensar do outro.
Uma boa conversa faz com que ambos se sintam valorizados, aproxima as pessoas e pode levar à intimidade. A escuta desarmada cria vínculos, além de permitir ampliar a visão de mundo.
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