Sintomas
“Ao persistirem os médicos, consulte os sintomas” Tom Zé
Para a angústia não há cura. É algo inerente ao ser humano, muitas vezes deflagrada por conflitos internos ou indecisão diante de múltiplas escolhas.
Sintomas são uma realidade cifrada, revelam o que está escondido,
me modelam a personalidade,
me confrontam com aquilo que não quero ver. Os sintomas são alertas para algo que precisa ser visto.
Sintomas não são indicação de patologia, são formas de expressão do ser. Cristian Dunker diz: “Foi o melhor que eles (os pacientes) conseguiram produzir com seus conflitos e contradições... o melhor que eles conseguiram fazer com as condições que a vida lhe impôs”.
O sintoma está baseado em uma memória, um desejo não aceitável para a pessoa, então é jogado no inconsciente porque lembrar dói demais.
É preciso sentir a dor para atravessá-la, ainda que por um tempo eu me torne disfuncional. A dor conduz quem está disposto ao confronto com a verdade sobre si e sobre os outros.
Entretanto, buscamos algo que nos alivie, nos amorteça, como consumir qualquer coisa, comer em excesso, vícios em geral. É por um sintoma no lugar da dor.
Já Viviane Moses afirma que é o torto, o desequilibrado, que muda o mundo. Penso que quem é vitimado pela normose vive em permanente alienação por querer manter o estado das coisas como está.
Transtornos mentais não são doença, são a forma que a psique encontrou para sobreviver.
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