Resgate
“Não importa a quantidade de naufrágios que você tem ao longo da vida, mas sim a capacidade de se resgatar.” Filósofo alemão
Quando eu era jovem, desejava ficar logo idosa, para me livrar do peso de minhas próprias expectativas e às dos outros. Havia uma exigência estética que seguia com rigor.
Quantas vezes eu sucumbi à angústia,
à depressão, mas nunca me desesperei, porque sabia o caminho de volta, sabia como me resgatar.
Com o tempo percebi que a dor
e a alegria caminham juntas,
um contraste necessário, sem
o qual eu ficaria estagnada.
Agora, idosa, liberei a pressão que fazia sobre mim mesma, afrouxei a rigidez e a teimosia. Apesar de ainda sentir o peso daquilo que ainda não transformei, percebo a alteridade da leveza que me é inerente e que me ajuda a emergir após os naufrágios que não deixaram de existir.
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