Futuro diferente
“Aí em pego o passado, a dor que ele me deixou e me comprometo a fazer um futuro diferente.” Padre Fábio de Melo
O passado me trouxe grandes aprendizados, além de me fortalecer e me trazer resiliência. Quando estou passando por uma experiência que me traz sofrimento, é comum eu rotulá-la de algo ruim. Depois de algum tempo, quando já saí da reação emocional e é possível revisitá-la, posso avaliar a minha contribuição no desfecho desagradável, e escolher não repetir o erro. Dessa forma, posso fazer um futuro diferente, a partir da nova postura no presente.
Muitas vezes, a dor perdura porque quero dar o próximo passo, arrastando comigo algo que já deveria ter soltado, abrir um novo ciclo sem fechar, sem me despedir, sem me desapegar do anterior. O passado precisa ficar no passado, para abrir espaço para o novo. Enquanto eu insistir em ir pra frente, sendo puxada para trás, não saio do lugar.
Na verdade, costumo valorizar mais as coisas ruins do que as boas, lembrar das pessoas que me feriram, e esquecer aquelas que me fizeram bem. O bem é fluido e etéreo e o mal é denso, mais fácil de pesar na memória. Lembrar das coisas boas é um exercício para não dar tanta importância àquilo que causou dor. Não posso construir novas e boas lembranças se não soltar o que me fez mal.
Quando eu consigo entender que o que o outro vê em mim diz mais sobre ele do que sobre mim, diz respeito ao que ele pensa, sente, acredita, é mais fácil não me deixar afetar pela opinião dele.
Enquanto eu me mantiver preso ao passado e esquecer quem sou, o novo não virá.
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