A repetição no trauma
“O trauma tem a característica de impor uma mesma lembrança.” Crhistian Dunker
Trauma emocional é a resposta a eventos angustiantes que a mente não consegue lidar. O trauma cria uma imagem em forma de lembrança cristalizada, ou seja, a mente não é capaz de trazer alternativas ao acontecimento, novas formas de interpretar o ocorrido.
Para diminuir o impacto gerado pelo evento, a mente o joga no inconsciente, e quando a memória chega, vem distorcida por não ter sido elaborada adequadamente. Entre as imprecisões na lembrança está a fantasia, e a interferência sensorial dos afetos.
Tudo que é reprimido uma hora vence as barreiras e se manifesta. Ainda que esteja no inconsciente, a mente repetidamente cria situações semelhantes, na tentativa de confirmar a impressão registrada, ou para dar um novo desfecho.
É preciso se abrir para a possibilidade de que a lembrança pode não ser fidedigna à ocorrência, por estar comprometida por tais fatores.
Lúcia Helena Galvão diz que “Para a filosofia o trauma é como se fosse um fato no qual você pendurou uma etiqueta dizendo: “eu não aceito aprender com isso.””
Ressignificar o trauma é a solução para que não se atraia eventos que confirmem a lembrança engessada.
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