O desafio do idoso em morar só
Moro só por opção. Na minha idade fica difícil me adaptar aos hábitos e costumes diferentes dos meus, em especial os de pessoas jovens. Gosto de acordar e dormir cedo, me acostumei com o silêncio, e de ter todos os ambientes da casa disponíveis para mim.
Mesmo assim, gosto da minha irmã estar morando uma temporada comigo enquanto seu apartamento está sendo reformado. Temos muita afinidade na forma de pensar e de hábitos.
Já tomei medidas de segurança, como um serviço de alarme que aciona pessoas da minha rede de proteção, e câmeras disponíveis para elas acessarem em caso de necessidade.
Tenho uma faxineira semanal que faz o serviço mais pesado e eu só faço a manutenção nos demais dias. Cuido de minhas plantas e mantenho a pia limpa.
Como tenho déficit de atenção, já deixei panelas queimar no fogão, mas pretendo cozinhar na presença da faxineira, ela cuidará de acompanhar as panelas no fogo.
Estabelecer rotinas que me ajudam a me organizar e ocupar o tempo de forma produtiva me dão estabilidade emocional. Uma delas é a de escrever e publicar diariamente.
Procuro manter a saúde ao fazer atividade física, ter alimentação equilibrada (em que pese eu não dispensar os doces) e faço exames preventivos anualmente. Me mantenho ativa durante a manhã e dedico a tarde para assistir meus programas favoritos.
A área que ainda me encontro deficitária é a de socialização. Saio pouco de casa para encontros com amigos. Por isso, muitas vezes me sinto só. Sinto falta de companhia para atividades de laser.
Me considero adaptada e gosto de morar só. Quando começar a perder a funcionalidade e precisar de ajuda, pretendo me instalar num condomínio com suporte ao idoso, porque assim posso preservar um pouco de autonomia.
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